Um pouco da biografia do meu tio: Um homem não muito alto fisicamente, porém de um alto olhar crítico-criativo sem igual. Para um acontecimento virar uma história, era café pequeno. Andava diferente dos outros, parecia que abanava os braços num descompasso, acredito que para bater palmas acompanhando a execução de uma música, com certeza, sairia fora do ritmo. Semelhava ao andar do personagem Mazzaropi, a diferença ficaria no balançar dos braços. Olhos grandes e verdes parecia até que a verdura dos mesmos simbolizava o olhar da natureza, uma espécie singular sertaneja, sabe leitor, aquele olhar puro de um artista que vai sugar da realidade o homem citadino e integra-lo ao meio natural, ao seu antigo habitat via criação e recriação dos fatos. Nome completo João Esteves Brisola. Apelido: João Carcule!
Certa vez numa monção de barreamento de uma casa, estavam lá a comunidade toda construimdo uma casa para dois jovens rescem-casados. Haviam feito um buraco de uns três metros quadrados no chão, próximo da moradia em construção e este espaço transformou-se num piscinão de barro. Era dali que o pessoal enchia o baláio do material e levavam para ser colocado nos esqueletos de paredes, feito com guatambu fincado no chão e cruzado com hastes de bambu e amarrados com cipó. Era um feito artesanal essa parede.
No piscinão havia vários homens sapateando na preparação do massa. E no vai-e-vem de levar o barro para o barreamento. Apareceu Dona Catarina correndo atrás do neto. O garoto havia pego um tição do fogão à lenha e dele retiraria um pedaço de brasa para fazer remédio para o gatinho que, segundo o garoto, estaria assustado com o volume e o passa-passa de tanta gente. Soubemos isso depois de solucionado o caso.
Parece que está ficando meio confusas estas informações, é que eu, meu caro leitor , estou acometido de emoção e escrever é pura razão e as vezes eu tenho que dar um tempo na escrita, para me recompor e se aprumar nas trilhas do caminho! Se você não entendeu, leia de novo o trecho e refaça a sua ordem, mesmo que não seja a minha. O importante e você estar par e passos comigo!
Seguia o labutar coletivo quando Dona Catarina tropeçou no enxadão e caiu na piscina de barro. As interjeições foram variadas nas bocas dos presentes, alguns com dó, outros viraram para o lado e riram contidamente, entretanto a grande maioria a expressão era de espanto. O tombo foi feio. A mulher caiu de barriga e o vôo fez a saia subir e esta cobriu-lhe a cabeça e para seu desencanto descobriu as intimidades traseiras, A exposição ao vivo e para vários olhares masculinos que ávidamente devoraram todas as curva, estrias e banhas, não passaram despercebidas, nem as diferenças da pele em exposição ao sol, as coxas brancas contrariavam a pele morena da barriga da perna. A calcinha da mulher revelou um tecido de algodão referente ao saco de açúcar mascavo vendido, na época, no armazém de meu avô. Uma frase conhecida daquele tempo vinha gravada no tecido de algodão " adoce com o açúcar Moreninho" O interessante foi que na feitura da calcinha juntou-se as parte e, você sabe leitor, que mudando a ordem ou suprimindo algumas palavras temos uma nova informação e a nova frase assim ficou " Adoce o moreninho" Aquilo foi só risada e papo para o dia todo. Os homens, depois de sanado esta tragédia, ao olharem para o traseiro da coitada e diziam baixinho "aí que vontade de adoçar o moreninho!"
Sabe leitor a gente vai falando e uma coisa puxa a outra e se perde na meada da linha e o linharal todo se perde numa embromação que ninguém consegue achar o início do novelo, então eu peço permissão e paciência para eu reorganizar as ideias em minha caixola e revisitar a minha memória... Pois é, então a mulher caiu e meu tio só viu a coitada deitada no piscinão. Alguém enredando o fato para ele, na intenção de falar sobre o espanto da mulher falou " carcule só" e meu tio de bate pronto respondeu " oito arrobas". A risada foi unânime. O cálculo deveria ser do espanto e não do peso da senhora. Ele já tinha esse costume de calcular o peso das coisas e o danado não ficava longe do peso real. Aí então a partir deste instante nasceu o contador de história O Grande João Carcule!!!
Até mais e nos veremos na próxima história!!!! Abraço
( Santiago Derin)
Certa vez numa monção de barreamento de uma casa, estavam lá a comunidade toda construimdo uma casa para dois jovens rescem-casados. Haviam feito um buraco de uns três metros quadrados no chão, próximo da moradia em construção e este espaço transformou-se num piscinão de barro. Era dali que o pessoal enchia o baláio do material e levavam para ser colocado nos esqueletos de paredes, feito com guatambu fincado no chão e cruzado com hastes de bambu e amarrados com cipó. Era um feito artesanal essa parede.
No piscinão havia vários homens sapateando na preparação do massa. E no vai-e-vem de levar o barro para o barreamento. Apareceu Dona Catarina correndo atrás do neto. O garoto havia pego um tição do fogão à lenha e dele retiraria um pedaço de brasa para fazer remédio para o gatinho que, segundo o garoto, estaria assustado com o volume e o passa-passa de tanta gente. Soubemos isso depois de solucionado o caso.
Parece que está ficando meio confusas estas informações, é que eu, meu caro leitor , estou acometido de emoção e escrever é pura razão e as vezes eu tenho que dar um tempo na escrita, para me recompor e se aprumar nas trilhas do caminho! Se você não entendeu, leia de novo o trecho e refaça a sua ordem, mesmo que não seja a minha. O importante e você estar par e passos comigo!
Seguia o labutar coletivo quando Dona Catarina tropeçou no enxadão e caiu na piscina de barro. As interjeições foram variadas nas bocas dos presentes, alguns com dó, outros viraram para o lado e riram contidamente, entretanto a grande maioria a expressão era de espanto. O tombo foi feio. A mulher caiu de barriga e o vôo fez a saia subir e esta cobriu-lhe a cabeça e para seu desencanto descobriu as intimidades traseiras, A exposição ao vivo e para vários olhares masculinos que ávidamente devoraram todas as curva, estrias e banhas, não passaram despercebidas, nem as diferenças da pele em exposição ao sol, as coxas brancas contrariavam a pele morena da barriga da perna. A calcinha da mulher revelou um tecido de algodão referente ao saco de açúcar mascavo vendido, na época, no armazém de meu avô. Uma frase conhecida daquele tempo vinha gravada no tecido de algodão " adoce com o açúcar Moreninho" O interessante foi que na feitura da calcinha juntou-se as parte e, você sabe leitor, que mudando a ordem ou suprimindo algumas palavras temos uma nova informação e a nova frase assim ficou " Adoce o moreninho" Aquilo foi só risada e papo para o dia todo. Os homens, depois de sanado esta tragédia, ao olharem para o traseiro da coitada e diziam baixinho "aí que vontade de adoçar o moreninho!"
Sabe leitor a gente vai falando e uma coisa puxa a outra e se perde na meada da linha e o linharal todo se perde numa embromação que ninguém consegue achar o início do novelo, então eu peço permissão e paciência para eu reorganizar as ideias em minha caixola e revisitar a minha memória... Pois é, então a mulher caiu e meu tio só viu a coitada deitada no piscinão. Alguém enredando o fato para ele, na intenção de falar sobre o espanto da mulher falou " carcule só" e meu tio de bate pronto respondeu " oito arrobas". A risada foi unânime. O cálculo deveria ser do espanto e não do peso da senhora. Ele já tinha esse costume de calcular o peso das coisas e o danado não ficava longe do peso real. Aí então a partir deste instante nasceu o contador de história O Grande João Carcule!!!
Até mais e nos veremos na próxima história!!!! Abraço
( Santiago Derin)
HA HA HA ....CALCULE SÓ ...O QUANTO ESTOU RINDO....ADOREI SUA HISTÓRIA...
ResponderExcluirABRAÇOS
M VICK
Muitooooooo boa essa história... kkkkkkkkkk
ResponderExcluirengraçadíssima!!!
Mau posso esperar pela próxima!!!
Abraços.
Gisa Borges
Então você também é um contador de histórias... temos algo em comum... as suas são singelas e engraçadas... as minhas são polêmicas e heréticas... Gostei muito... me lembrou o estilo do Rubem Fonseca... Agora vou ler as suas poesias... Abraço
ResponderExcluirAdemar,
ResponderExcluirÉs um verdadeiro contador de causos! Adorei este. Voltarei aqui! Obrigado pela tua presença em meu blogue.
Sou eu que tenho que aprender com você, isso sim!
Abraços bloguísticos
Cesar
PESSOA QUERIDA!!!!!!!!!!
ResponderExcluirESPERO QUE NUNCA LHE FALTE PAZ, SAÚDE, AMOR E FELICIDADE!
QUE VC SEJA SEMPRE FELIZ!
UMA LINDA NOITE E UMA MARAVILHOSA SEMANA!!!!!
sakposkaposka Mas que pena não poder conhecer um cara que "carculava" tão bem as coisas! Seria interessantíssimo conhecer um "carculador" de mão cheia. "Carcularia" bem minhas palavras e questões em suas proximidades.
ResponderExcluirShow de escrita.
parabéns! adorei todas. vc é ótimo.maria dudah
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